Este blogue descreve os habitats e testemunha a grande biodiversidade que existe no "Triângulo do Cabo Mondego" - que abrange a área do Estuário do Rio Mondego - Serra da Boa Viagem e Cabo Mondego com recifes - Praia e Dunas de Quiaios e Lagoas de Quiaios. Também pretendemos focar o "habitat" social e ambiental da espécie humana, sobretudo nas suas condições em Portugal.

Friday, April 12, 2013

Projecto para recuperação do Habitat 6210 da Ser

Projecto para recuperação do Habitat 6210 na Encosta Norte da Serra da Boa Viagem

Horst Engels

(Associação Trilhos d'Esplendor)

Proposta de Projecto para recuperação dos prados do Habitat 6210 - Prados  secos seminaturais e facies arbustivas em substrato calcário (Festuco -. Brometalia) (* importantes habitats de orquídeas). Código EUNIS 2002.

O projecto visa uma recuperação de prados secos do Habitat 6210 na Encosta Norte da Serra da Boa Viagem, prados ricos em orquídeas e outros geófitos, que neste momento estão a desaparecer devido ao abandono do pastoreio de gado de cabras e ovelhas e devido à melhor prevenção de incêndios. Também será contemplado com o projecto um melhoramento para o turismo regional.

1. Introdução

A Serra da Boa Viagem é situada por norte de Figueira da Foz - com prolongamento no Cabo Mondego. Ainda mais para Norte começa o cordão dunar de Quiaios, Mira, Gândara e Gafanhas. Esta serra com calcários e margas do Jurássico Médio e Superior é conhecida pela sua riqueza florística e pelo seu valor geológico com espólio rico de fósseis (incluindo algumas pegadas de dinossauros).

Menos conhecido é o valor que esta serra possui pela existência de prados do tipo " Prados rupícolas calcários ou basófilos" (habitat 6110  da classificação do Plano Sectorial da Rede Natura 2000)  e " Prados secos semi-naturais e facies arbustivoas em substrato calcário (Festuco-Brometalia) - importantes habitats de orquídeas " (habitat 6210  da classificação Plano Sectorial da Rede Natura 2000) .

Sobretudo os prados semi-naturais da Serra da Boa Viagem devem ter o seu origem pelo pastoreio por gado de ovelhas e cabras, pastoreio que na encosta norte acima de Murtinheira deve ter sido bastante intenso há quase um século atrás. Um pastor desta época contou que tinha cerca de 80 peças de gado na altura.

Vista panorâmica da Encosta Norte da Serra da Boa Viagem

(Clique acima da imagem para ver em tamanho original)

Fig. 1   Encosta Norte da Serra da Boa Viagem (contornado em vermelho: as falésias da serra com mosaicos de prados rupícolas (habitats 6110) intercalados com manchas de prados secos semi-naturais (habitat 6210) no alto da serra; contornado em verde:  manchas de prados secos semi-naturais (habitat 6210) na meia-encosta da Serra da Boa Viagem)

Os habitats 6210 e 6110 na encosta Norte da Serra da Boa Viagem

Esta actividade do pastoreio já não existe na Murtinheira e em Quiaios hoje em dia, nem a pesca artesanal com barcos de madeira que se praticava até há pouco nas praias da freguesia de Quiaios.

Neste momento a agricultura desta freguesia concentra-se numa exploração silvícola e limita-se quase totalmente à plantação de pinheiros, choupos, cedros e do eucalípto.

No entanto, biótopos como prados secos semi-naturais com dominância da gramínea Brachypodium phoenicoides  podem desaparecer com o desaparecimento do pastoreio se não houver outros factores que regulam o crescimento de matos esclerófilos e/ou de arbustivos e árvores. Com este desaparecimento de paisagens antropogénicas desaparecem também muitas espécies de plantas e de animais que necessitam destes biótopos de formações herbáceas. Em caso dos prados secos são as orquídeas e muitos geófitos que aumentam a biodiversidade dos biótopos e dos ecossistemas em que estão integrados, até ao momento em que estes biótopos deixam de existir.

Parece que este empobrecimento florístico está a acontecer neste momento devido ao abandono do pastoreio e à introdução de espécies de árvores não-autoctonas na Serra da Boa Viagem. Além das diversas espécies de acácias (p.e. Acacia longifolia ) e do eucalipto ( Eucalyptus globulus ), plantas de origem da Australia, foi provavelmente também introduzido há menos de 100 anos o Pinheiro-de-Alepo ( Pinus halepensis ) que está a invadir as encostas da Serra da Boa Viagem.

Também fogos controlados podiam ser aplicados na manutenção dos prados secos e são recomendados pelo ICNB caso que não houver pastoreio, mas também não são aplicados na serra da Boa Viagem. Assim os prados semi-naturais (habitat 6210) provenientes do pastoreio e de fogos naturais estão a desaparecer na meia-encosta desta serra. Nas falésias e nas partes mais altas com fortes declives da encosta, onde predomina uma vegetação rupícola (habitat 6110), a ameaça da invasão pelo Pinheiro-de-Alepo ainda não parece ser tão forte.

Pinus halepensis  na Serra da Boa Viagem

Distribuição nativa de Pinus halepensis  na Região mediterrânica.

Segundo testemunho de uma pessoa idosa de 78 anos da Murtinheira, havia antigamente muito pastoreio por cabras e ovelhas na costa da Serra da Boa Viagem e a encosta era limpa.

Para a salvação do habitat 6210 dos prados semi-naturais com o espólio rico em orquídeas e geófitos propomos em primeiro lugar uma limpeza mecânica e tirada do mato esclerófilo como das árvores invasoras e uma reactivação da actividade do pastoreio por gado cabras e ovelhas na zona "meia-encosta" da vertente norte da Serra da Boa Viagem, por um lado, para a protecção dos prados e do seu espólio de plantas em vias de desaparecimento, por outro lado, para a reactivação de uma actividade artesanal que aumentava o espectro das actividades agrícolas e o valor turístico desta zona permitindo o comércio de produtos de lã, leite, queijo e carne proveniente do gado de ovelhas e cabras.

Acompanhado por estudos científicos e de monitorização do desenvolvimento fitossociológico das pradarias, podia pensar-se também numa introdução experimental de ovelhas "bravas" da Noruega (Austevoll) ou da Escócia (St. Kilda) ou das "Heidschnucken" da Lüneburger Heide, raças antigas adaptadas ao clima atlântico que se mantêm sem vigia durante todo o ano no campo. Desta forma minimizava-se os custos da manutenção. As falésias formam uma protecção natural contra fugas ou roubos, cercas seriam nececessárias apenas abaixo desta protecção natural.

A Associação "Trilhos de Esplendor" já inventariou a maior parte da flora da Serra da Boa Viagem e disponibiliza esta informação com mais do que 5000 fotografias das espécies de plantas e dos habitats da serra numa folha de cálculo ( Folha de cálculo ) no blogue sobre a " Flora da Serra da Boa Viagem ". O que nos parecia necessário para a viabilidade e o sucesso de um projecto científico seria naturalmente uma cooperação das entidades locais como a Freguesia de Quiaios, e das universidades e de outras instituições nacionais e/ou internacionais.

Fig. 2   Proposta de reintrodução de pastoreio por gado de ovelhas e cabras na meia-encosta da Serra da Boa Viagem (contornado em vermelho: as falésias com mosaicos de prados rupícolas (habitats 6110) intercalados com manchas de prados secos semi-naturais (habitat 6210) no alto da serra; contornado em verde escuro: prados semi-naturais (habitat 6210) ainda existentes e contornado em verde claro: zonas potenciais de pastoreio) .

Para a verificação das imagens no Google-Earth que indicam o desaparecimento das pradarias na encosta da serra da Boa Viagem, fizemos uma caminhada ao longo da encosta norte da serra. As observações feitas no campo confirmaram infelizmente as imagens obtidos no Google-Earth, na realidade a maior parte da encosta está já arborizada com Pinus halepensis  e/ou coberto por pequenos arbustivos e matagal como Quercus coccifera, Ulex spec. , Cistus spec. , Phillyrea spec. , Pistacia lentiscus , Smilax aspera  etc. (Habitat 5330 ).

Manchas de prados semi-naturais e rupícolas com Brachypodion phoenicoides  e com geófitos valiosos e endémicas da Península Ibérica ou mesmo da costa atlântica de Portugal como Iris lusitanica , Anthirrhinum majus ssp. linkianum  e Iberis procumbens ssp. microcarpa  já são bastante reduzidas e ameaçadas de desaparecer se não houver medidas imediatas da sua recuperação.

2. Faseamento do projecto

1º fase: Criar acessos na Encosta Norte da Serra da Boa Viagem e fazer limpezas mecânicas (duração: 3 meses).

(a) Criar acessos à encosta (recuperação dos trilhos existentes)

(b) Limpeza mequânica e tirada do mato esclerófilo

(c) Construção de novos trilhos turísticos

2º fase: Monitorização fitossociológica de zonas sem limpeza e de zonas com limpeza do Habitat 6210 da Encosta Norte da Serra da Boa Viagem (duração: 1 ano)

(a) Levantamento florístico das espécies (já parcialmente concluido) em toda Encosta da Serra

(a) Delimitação zonas de monitorização

(b) Levantamentos fitossociológicos semi-quantitativos com metodologia de Braun-Blanquet

3º fase (opcional): Introdução de gado de cabras e ovelhas para pastoreio em parcelas com Habitat 6210 da Encosta Norte da Serra da Boa Viagem (duração mínima: 3 anos)

(a) Criar acordos entre a Freguesia de Quiaios com os donos dos terrenos da Encosta;

(b) Criar cercas para introdução de gado de cabras e ovelhas;

(c) Introdução de gado.

3. Entidades e Colaboração no Projecto:

A 1º fase  do projecto seria efectuado na responsabilidade da Freguesia de Quiaios com colaboração da Associação "Trilhos d' Esplendor".

A 2º fase  pode ser efectuado sob responsabilidade da Associação "Trilhos d'Esplendor" que tem pessoas doutorados com qualificação na matéria. Seria desejável a participação do Instituto de Botânica (Directora: Professora Helena Freitas) da Universidade Coimbra ou da outra universidade.

A 3º fase  do projecto pode ser efectuado em colaboração com a "Escola Superior Agrária de Coimbra".

4. Financiamento do projecto

A elaboração do orçamento do projecto será efectuado pelas entidades participadoras no projecto. Outras entidades possíveis de financiamento: Auswärtiges Amt der Bundesrepublik Deutschland (Deutscher Akademischer Austauschdient (DAAD)).

5. Bibliografia

Reintrodução de pastoreio na Serra da Boa Viagem ? - Google Docs

Publicação no Blogue "Habitats do Triângulo do Cabo Mondego (Figueira da Foz)" da Associação "Trilhos d'Esplendor".

Post no blogue: "Habitats do Triângulo  do Cabo Mondego  (Figueira da Foz)"

Reintrodução de pastoreio na Serra da Boa Viagem ?

Habitats do Triângulo  do Cabo Mondego  (Figueira da Foz)

habitatsdaserradaboaviagem.blogspot.com/

Habitats do Triângulo  do Cabo Mondego  (Figueira da Foz) 2 dias atrás – Habitats do Triângulo  do Cabo Mondego  (Figueira da Foz) ...  introduzidas as características específicas da fauna e flora  marinha portuguesa.

Flora  da Serra da Boa Viagem  (Figueira da Foz)

flora da serradaboaviagem .blogspot.com/

21 set. 2011 – Flora  da Serra da Boa Viagem  - "Folha de Cálculo" - 5000 Fotografias, Scans e Chaves. Link para a Folha de Cálculo ...

Flora do Triângulo do Cabo Mondego - Serra da Boa Viagem

"Folha de Cálculo" - 5000 Fotografias, Scans e Chaves. Link para a Folha de Cálculo ...

6210  Prados secos seminaturais e facies arbustivas em substrato ...

portal.icnb.pt/NR/rdonlyres/530A6EFC-59E2-490F.../0/ 6210 .pdf

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6210 . Prados secos seminaturais e facies arbustivas em substrato calcário (Festuco -. Brometalia) (* importantes habitats  de orquídeas). Código EUNIS 2002 ...

[PDF] 

6110 * Prados rupícolas calcários ou basófilos da Alysso-Sedion albi

portal.icnb.pt/NR/rdonlyres/95FAC27F-F488-4E8C.../0/6110.pdf

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lychnitidis-Brachypodietum phoenicoidis, habitat 6210 ), com prados anuais neutrobasófilos (Anthyllido lusitanicae-Brachypodietum distachi, habitat  6220) ou ...

Cultural Landscapes of Europe : Fields of Demeter , Haunts of Pan  ...

books.google.com/.../ Cultural _ landscapes_of_Eu ... - Traduzir esta página

books.google.comhttp://books.google.com/books/about/Cultural_Landscapes_of_Europe.html?id=mH4SSQAACAAJ&utm_source=gb-gplus-share Cultural   ...

The Use of Phytosociological Methods  in Ecological Investigations: I ...

www.fcnym.unlp.edu.ar/.../Poore%20MED%20-... - Traduzir esta página

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de MED Poore - Citado por 165  - Artigos relacionados

21 Nov 2007 – tain communities), carried out by these modified methods ; and Part IV a critical discus- sion of certain aspects of the Braun - Blanquet  system (in ...

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The Relevé Method

files.dnr.state.mn.us/eco/mcbs/.../single_page.pdf - Traduzir esta página

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accordan

The Heathland Centre  at Lygra - Velkomen til Lyngheisenteret på ...

lyngheisenteret.no/engelsk%201%20side.htm - Traduzir esta página

50 km north of Bergen, is an information centre for coastal heathlands. ...  In 2001, UNESCO awarded the Heathland Centre  the Melina Mercouri International ... ce with the methodology  described in Chapter 2 of this handbook. This methodology  follows that of Braun - Blanquet , with some modifications instituted ...

Geographical and management related factors affecting lambs of ... (Geographical and management related factors affecting lambs of outwintered sheep along the west coast of Norway)

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FERAL SHEEP  IN COASTAL HEATHS  – DEVELOPING A SUSTAINABLE ......  landscape occurrs in Norway, so conservation  of the coastal heathlands   ....  Lurekalven is an island northwest of the island Lygra  in Lindås municipality, north in ...

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de E Kittelsen - 2008

File, Description, Size, Format. EvaKittelsen_Erratum.pdf, 19.24 kB, Adobe PDF, View/Open · Masterthesis_Kittelsen . pdf , 11.04 MB, Adobe PDF, View/Open ...

Mouflon  - Wikipedia, the free encyclopedia

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The similarity of the mouflon to domestic sheep, combined with its threatened status, has made it a ...  "Scientists Clone First Endangered Species: a Wild Sheep "

Factsheet: Iberian wild  goat | Common names: Spanish Ibex ( Sheep  ...

www.lhnet.org/iberian- wild -goat/ - Traduzir esta página

However, it can be expected that the Wolf is a main predator of Iberian Wild  Goat. ...  In 2003 the Portuguese  population consisted of a minimum of 75 individuals.

Saint Kilda  – Wikipédia, a enciclopédia livre

pt.wikipedia.org/wiki/ Saint _ Kilda

O arquipélago de St Kilda  (gaélico escocês: Hiort), no Atlântico Norte perto das ...  e por cientistas que investigam a população selvagem de Ovelhas  de Soay

Websites de Participantes e Colaboradores propostos no Projecto:

Trilhos d'Esplendor

sites.google.com/site/ trilhosdesplendor /

Site da Associação  de Protecção Ambiental " Trilhos  d´ Esplendor " com sede na Praia de Quiaios, 5080-515 Figueira da Foz.

Freguesia  de Quiaios

www.jf- quiaios .pt/

Açores: Foca cinzenta encontrada no Faial a caminho de Quiaios  Uma foca cinzenta foi encontrada esta terça feira por populares no porto da Ribeirinha, ...

+

Mostrar mapa da R. Figueira da Foz 27, 3080-544 Quiaios

Universidade de Coimbra  - Jardim Botânico

www.uc.pt/jardim botanico

Áreas e Centros de Investigação · Instituto  de Investigação Interdisciplinar · Unidades ...  O Jardim Botânico  da Universidade de Coimbra  assume-se como ponto ...

Jardim Botânico  - Visitas guiadas  - Contactos  - Mapa do Jardim

ESAC  - Escola Superior Agrária de Coimbra

www. esac .pt/

Escola Superior Agrária de Coimbra  ( ESAC  - IPC) Estão abertas as candidaturas para os Mestrados em Agricultura Biológica; Biocombustíveis e Direito à ...

O "Neant e l'Être" - Espaço interpavimental

O "Neant e l'Être" - Espaço interpavimental

Por

Horst Engels

(Associação Trilhos d'Esplendor)

Sagina  spec.(Fam. Caryophyllaceae) e um ?ácaro (Ord. Acari) no Mundo do "Neant" dos pavimentos da rua

Jean-Paul Sartre escreveu em 1943, durante o tempo da 2º Guerra Mundial, a sua obra prima do "L'Être e le Neant" (O Ser e o Nada). Nas anotações dos seus diários "Les carnets de la drôle de guerre" quando era meteorologista no exercito francês na Alsacia, ele já tinha postulado numa ideia brilhante que o "Nada" não podia ser sempre um "Rien" e que o "Nada" existisse positivamente. Ele denominou este "Nada" como o "Neant" e deu por exemplo da necessidade da sua existência uma mesa encostada contra uma parede que exige um espaço de "nada" que não pode ser apenas o "rien". Porque se este outro "nada" não existisse, a mesa e a parede não podiam estar apenas encostadas sem espaço de "rien" entre eles, mas tinham de fundir-se para a mesma coisa ou estar separadas. Outro exemplo é o círculo e a tangente de uma recta. Embora o ponto tangente da recta com o do círculo pertencer simultaneamente às duas figuras, a nossa mente consciente não permite que as duas figuras se fundissem e que perdessem assim a sua identidade. Talvez que esta ideia de Sartre do "Neant" surgiu no âmbito de um interesse comum sobre a psicologia da "Gestalt" desta epoca quando Maurice Merleau-Ponty, amigo e colega de Sartre, escreveu o seu livro famoso da "Phénomènologie de la perception".

Eu descobri hoje este espaço da negação que ele tinha designado como o "Neant" e que segundo ele será ao mesmo tempo a base de toda liberdade humana (mas também responsabilide) - nas ruas da Praia de Quiaios - na altura quando a Freguesia de Quiaios estava a empregar um ?herbicida para matar as "ervas daninhas" que nascem entre as pedras no espaço interpavimental.

Fotografei este "Neant" surpreendente que de facto não é o "Rien" - e quase não acreditei que tinha negligenciado durante 3 anos espécies de plantas (cormófitos) que nunca esperava de encontrar nestes sítios. Assim tive o meu momento de "Eureka" à descobrir o mundo fascinante do "Neant"  - antes de recair novamente na realidade do "Rien" quando chegou um SMS de alerta do meu Banco.

Mas ficou sempre este momento de felicidade que aqui quero transferir pelas fotografias deste mundo quase microscópico onde as plantas nascem, crescem e reproduzem-se (e onde apenas correm o perigo que um cão mija lhes de vez enquando acima ou que a freguesia emprega um veneno qualquer para os matar).

Fruto de Sagina  spec. (Fam. Caryophyllaceae)

?Caryophyllaceae com pólen de ?pinheiros

Pormenor do fruto de Sagina .

Galium murale  (Fam. Rubiaceae)

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