POEM - O Plano de Ordenamento do Espaço Marítimo
Parte II
(Biótopos Marinhos)
(Biótopos Marinhos)
Por Horst Engels
Na primeira parte desta publicação sobre o Plano de Ordenamento do Espaço Marítimo (POEM) apontou-se a necessidade de um zonamento do espaço marítimo com a inclusão no Plano de Ordenamento de uma classificação dos habitats e ecossistemas marinhas em forma de Plano Sectorial. Na segunda parte da publicação queremos apresentar algumas classificações existentes dos biótopos, habitats, ecossistemas e fundos marítimos do espaço europeu que podem ser usados pelo POEM depois de serem introduzidas nas classificações as características específicas da fauna e flora marinha portuguesa.
Portugal usa no ordenamento dos territórios terrestres o "Plano Sectorial da Rede Natura 2000", uma classificação dos habitats terrestres que se baseia na Directiva Habitat.
No entanto, uma classificação dos habitats, biótopos e ecossistemas marinhos não pode ser uma mera cópia de uma classificação de biótopos e habitats terrestres devido à natureza bastante diferente do meio marinho. Enquanto os habitats terrestres se delimitam em mais ou menos 2 dimensões sobre a superfície terrestre e por fronteiras normalmente bem definidas, os habitats marinhos não são delimitadas por fronteiras nítidas e extendem-se frequentemente em mais do que 2 dimensões pela coluna de água ou numa dimensão temporal devido à correntes sazonais, afloramentos (upwelling) etc, com um dinamismo pouco comparável ao dos habitats terrestres.
Portugal usa no ordenamento dos territórios terrestres o "Plano Sectorial da Rede Natura 2000", uma classificação dos habitats terrestres que se baseia na Directiva Habitat.
No entanto, uma classificação dos habitats, biótopos e ecossistemas marinhos não pode ser uma mera cópia de uma classificação de biótopos e habitats terrestres devido à natureza bastante diferente do meio marinho. Enquanto os habitats terrestres se delimitam em mais ou menos 2 dimensões sobre a superfície terrestre e por fronteiras normalmente bem definidas, os habitats marinhos não são delimitadas por fronteiras nítidas e extendem-se frequentemente em mais do que 2 dimensões pela coluna de água ou numa dimensão temporal devido à correntes sazonais, afloramentos (upwelling) etc, com um dinamismo pouco comparável ao dos habitats terrestres.
1. O Conceito do Habitat
Habitat (do latim, ele habita) é um conceito usado em ecologia que inclui o espaço físico e os factores abióticos que condicionam um ecossistema e por essa via determinam a distribuição das populações de determinada comunidade.
O conceito de habitat é normalmente usado em referência a uma ou mais espécies, no sentido de estabelecer os locais e as condições ambientais onde o estabelecimento de populações desses organismos é viável. Por exemplo, o habitat da truta são os cursos de água bem oxigenados e com baixa salinidade das zonas temperadas.
Apesar do habitat ser um elemento da natureza, existem também os habitats artificiais, construídos pelo homem, normalmente para promover o aumento populacional de determinada espécie ou comunidade. Exemplos tão antigos como a história da humanidade incluem os campos de cultivo ou os criadouros de peixes.
Conceitos relacionados
- Um biótopo é a menor parcela ecológica que é possível discernir geograficamente (por exemplo: um dos biótopos da truta é a Ribeira das Casas na Ilha das Flores).
- Uma biocenose, biota ou comunidade biológica é a associação de comunidades que habitam um biótopo. A biocenose e o biótopo formam no seu conjunto o ecossistema.
- Um bioma é o conjunto da flora e fauna que vive num determinado habitat e ocupa uma determinada região geográfica e topográfica.
- Um micro-habitat é a vizinhança imediata do local onde vive um determinado espécime animal ou vegetal.
- O nicho ecológico é a forma de vida de determinada espécie ou população dentro de um ecossistema, que determina o seu efeito noutras espécies ou populações.
No entanto, tem de se tomar também em conta que o uso dos termos "habitat" e "biótopo" não é sempre igual e pode assim causar confusão na aplicaão dos termos:
Habitat: “a habitat is taken to encompass the substratum, its topography and the particular conditions of wave exposure, salinity, tidal currents and other water quality characteristics (e.g. turbidity and oxygenation) which contribute to the overall nature of a place on the shore or seabed” (CONNOR ET AL. 2004)
Biotope: “…a biotope is defined as the combination of the abiotic habitat and its associated community of species. It can be defined at a variety of scales…” (CONNOR ET AL. 2004) “The term was‘‘rediscovered’’ when the UK Joint Nature Conservation Committee, working on a classification of the coastal marine environment, produced a new definition of the biotope (…): ‘‘Biotope = habitat + community’’, broader than under its former accepted definition where the biotope was considered as the physical part of the ecosystem.” … „The new understanding of ‘‘biotope’’ now dominates in the international scientific and applied environmental literature.” (OLENIN & DUCROTOY 2006).
Sobretudo no espao linguístico anglo-saxónico os termos "habitat" e biótopo" foram usados durante muito tempo como sinónimos.
Na Alemanha os termos "habitat" e "biótopo" são usados da seguinte forma:
Habitat: Konzentrationsstelle einer Art, die sich innerhalb eines größeren Biotops (z. B. Wald, Fluss, Ästuar) scharf hervorhebt, von den Gesamtbedingungen desselben jedoch in seiner Artenzusammensetzung weitgehend abhängt, z. B. Baum, Baumstumpf, Tierkadaver, Sandboden. (Citação em: NEHRING & ALBRECHT 2000)
"Espaço de concentração de uma espécie, espaço que se define bem dentro de um biótopo (como por exemplo: floresta, rio ou estuário), mas que ao mesmo tempo depende nas suas condições largamente do mesmo, como por exemplo, árvore, tronco de árvore, cadáver de um animal, fundo de areia etc." (Citação em: NEHRING & ALBRECHT 2000)
Biotop: Lebensstätte einer regelmäßig wiederkehrenden Artengemeinschaft (Biocoenose) von einheitlicher, gegenüber seiner Umgebung abgrenzbarer Beschaffenheit (z. B. Hochmoor, Buchenwald, Höhle, Teich, Meeresstrand). (Citação em: NEHRING & ALBRECHT 2000)
"Sítio com uma comunidade estável de espécies (biocenose) com características constantes e bem distinguíveis do ambiente em que está inserido (p.e gruta, lagoa, praia etc)(Citação em: NEHRING & ALBRECHT 2000).
Estas definições diferentes dos termos "habitat" e "biótopo" têm de ser tomado em conta quando se consulta ou tenta integrar classificações de espaços linguísticos diferentes.
Habitat: “a habitat is taken to encompass the substratum, its topography and the particular conditions of wave exposure, salinity, tidal currents and other water quality characteristics (e.g. turbidity and oxygenation) which contribute to the overall nature of a place on the shore or seabed” (CONNOR ET AL. 2004)
Biotope: “…a biotope is defined as the combination of the abiotic habitat and its associated community of species. It can be defined at a variety of scales…” (CONNOR ET AL. 2004) “The term was‘‘rediscovered’’ when the UK Joint Nature Conservation Committee, working on a classification of the coastal marine environment, produced a new definition of the biotope (…): ‘‘Biotope = habitat + community’’, broader than under its former accepted definition where the biotope was considered as the physical part of the ecosystem.” … „The new understanding of ‘‘biotope’’ now dominates in the international scientific and applied environmental literature.” (OLENIN & DUCROTOY 2006).
Sobretudo no espao linguístico anglo-saxónico os termos "habitat" e biótopo" foram usados durante muito tempo como sinónimos.
Na Alemanha os termos "habitat" e "biótopo" são usados da seguinte forma:
Habitat: Konzentrationsstelle einer Art, die sich innerhalb eines größeren Biotops (z. B. Wald, Fluss, Ästuar) scharf hervorhebt, von den Gesamtbedingungen desselben jedoch in seiner Artenzusammensetzung weitgehend abhängt, z. B. Baum, Baumstumpf, Tierkadaver, Sandboden. (Citação em: NEHRING & ALBRECHT 2000)
"Espaço de concentração de uma espécie, espaço que se define bem dentro de um biótopo (como por exemplo: floresta, rio ou estuário), mas que ao mesmo tempo depende nas suas condições largamente do mesmo, como por exemplo, árvore, tronco de árvore, cadáver de um animal, fundo de areia etc." (Citação em: NEHRING & ALBRECHT 2000)
Biotop: Lebensstätte einer regelmäßig wiederkehrenden Artengemeinschaft (Biocoenose) von einheitlicher, gegenüber seiner Umgebung abgrenzbarer Beschaffenheit (z. B. Hochmoor, Buchenwald, Höhle, Teich, Meeresstrand). (Citação em: NEHRING & ALBRECHT 2000)
"Sítio com uma comunidade estável de espécies (biocenose) com características constantes e bem distinguíveis do ambiente em que está inserido (p.e gruta, lagoa, praia etc)(Citação em: NEHRING & ALBRECHT 2000).
Estas definições diferentes dos termos "habitat" e "biótopo" têm de ser tomado em conta quando se consulta ou tenta integrar classificações de espaços linguísticos diferentes.
2. Sistemas de Classificação de Habitats Marinhos
2.1 European Nature Information System (EUNIS)
O Sistema Europeu da Informação sobre Natureza (EUNIS) é uma classificação pan-europeia desenvolvida desde 1996 pela Agência Europeia do Ambiente (AEA) em colaboração com o „European Topic Centre for Nature Protection and Biodiversity (ETC/NPB)“ e o „European Environmental Information Observation Network (Eionet)“. Esta classificação inclui todos os tipos de habitas naturais e artificiais, incluindo habitats aquáticos e terrestres.
O sistema EUNIS é um sistema de classificação hierárquico que diferencia neste momento 4 níveis (levels) de habitats terrestres e marinhos.
Existe um conjunto de funções predefinidas para facilitar a consulta da base de dados EUNIS:
| Links to easy searches | Description |
|---|---|
 Names and Descriptions | Search habitat types by name or description |
| Legal Instruments | Search EUNIS habitat types under legal designation at European level |
| Country/Biogeographic region | Find habitat types located within a country and/or biogeographic region |
| Code/Classifications | Find habitat types by their relations with one of the linked classifications |
| Pick habitat types, show species | Find species characterising a specific habitat type |
| Pick habitat types, show sites | Find sites containing a particular habitat type |
| Pick habitat types, show references | Find books, articles which refer to a habitat type |
| Pick references, show habitat types | Find habitat types referred by books, articles etc. |
| Key navigation | Identify a habitat type following questions and graphical schemas |
| EUNIS habitat types hierarchical view | Hierarchical visualisation of EUNIS habitat types classification |
| ANNEX I habitat types hierarchical view | Hierarchical visualisation of ANNEX I habitat types classification |
(A Agência Europeia do Ambiente (AEA) ou EEA (European Environment Agency) é um órgão sob a administração da União Europeia.
A principal função da Agência Europeia do Ambiente é de carácter informativo. Fornece informação actualizada e fidedigna em matéria ambiental. O seu conhecimento é baseado em informações fornecidas por outras organizações com as quais colabora coordenando as suas funções a nível europeu. Os dados de qualidade que reúne, provenientes de países individuais e da sua rede institucional, são depois compilados e colocados à disposição dos utilizadores em diferentes formatos.
Desta forma, auxilia a União Europeia e os seus países membros no momento de tomada de decisões directamente relacionadas com o ambiente. É também uma preciosa ferramenta para os responsáveis pela formulação e implementação da legislação ambiental a nível europeu e nacional, assim como para o público em geral.
A sua sede localiza-se em Copenhaga, na Dinamarca.)
2.2 A Classificação dos Habitats Marinhos da Grã-Bretanha e da Irlanda
A Classificação dos Habitats Marinhos da Grã-Bretanha e da Irlanda (Marine Habitat Classification for Britain and Ireland) é um dos mais abrangentes sistemas de classificação dos habitas marinhos bênticos actualmente em uso. Este sistema foi desenvolvido por análise de conjuntos de dados empíricos e pela análise de outras classificações como dados na literatura pelo JNCC (Joint Nature Conservation Committee) da Grã-Bretanha. A secção marinha de EUNIS é totalmente compatível com esta classificação do JNCC e na realidade, a classificação de EUNIS baseia-se em grande parte nesta classificação.
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| Marine Habitat Classification Hierarchy | ||||||||||||||
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Marine Habitats Classification
2.3 Directiva Habitats
Directiva dos Habitats ou Directiva Habitats é o nome pelo qual é conhecida a Directiva 92/43/CEE do Conselho, de 21 de Maio de 1992, relativa à preservação dos habitats naturais e da fauna e da flora selvagens, transposta para o direito interno de Portugal pelo Decreto-Lei n.º 140/99, de 24 de Abril.
A directiva foi adoptada em 1992 como resposta da União Europeia aos princípios constantes da Convenção de Berna que havia sido assinada por todos os Estados-Membros e pela própria União. É uma das únicas duas directivas europeias que regulam a conservação da natureza e da vida selvagem, sendo a outra a Directiva das Aves.
A directiva tem como objectivo proteger cerca de 220 habitats e aproximadamente 1000 espécies listadas nos anexos à Directiva (Anexo I - Habitats, Anexos II, IV e V - Espécies). Os habitats e espécies listados são considerados como de interesse europeu, tendo sido seleccionados de acordo com critérios fixados na própria Directiva.
A descrição e o registo dos habitats desta directiva que não contém habitats marinhos, encontra-se no „Interpretation Manual of European Habitats“ (EUROPEAN COMMISSION 2007).
No entanto, para os habitats desta Directiva não existem regras gerais de classificação; variam os parâmetros utilizados na definição e delimitação dos habitats.
2.4 Outras Classificação ou Directivas
Uma directiva que tem de ser consultada numa classificação dos habitats marinhos é a DIRECTIVA 2000/60/CE DO PARLAMENTO EUROPEU E DO CONSELHO de 23 de Outubro de 2000 que estabelece um quadro de acção comunitária no domínio da política da água perante qual todos os estados membros são obrigados a manter as águas interiores e costeiras num bom estado ecológico.
3. A construcção de um sistema de classificação
O sistema de classificação EUNIS vai ser utilizado para servir de sistema de classificação dos habitats marinhos no âmbito do projecto POEM.
Para atingir este fim tem de haver os dados abióticos e bióticos necessários e estes dados têm de ser analizados com métodos estatísticos, sobretudo de estatística multivariada.
Parametros importantes para a construção de um sistema de classificação dos habitats da zona marítima portuguesa como amostragens de sedimentos e a granulometria dos sedimentos faltam ainda para partes do espaço português ou ainda não são introduzidas em mapas (veja "Carta dos Sedimentos Superficiais da Plataforma Continental Portuguesa").
Também será necessário tomar em conta que o aumento do trafego marítimo aumenta constantemente o número de espécies não-autóctonas introduzidas no espaço marítimo português.
4. Paisagens subaquáticas
As classificações e directivas de habitats mencionadas até aqui tomam em conta o conceito dos habitat. No entanto, existem também programas e iniciativas de tomar em conta conceitos mais alargados como o conceito da "paisagem" nos ordenamentos dos terretórios, sobretudo quando há falta de informação biológica dos habitats. Para os territórios terrestres o conceito da paisagem, normalmente antropogenicamente determinada ou modificada, é familiar, mas para os terretórios marítimos este conceito ainda não está muito em uso.
Um conceito e uma definição geo-física de "Marine landscapes" foi desenvolvido por Roff and Taylor em 2000 e aplicda no projecto "Irish Sea Pilot - a Marine Landscape Classification for the Irish Sea".
O mapeamento de paisagens marinhas serve como alternativa de mapeamento de habitats caso que haja falta de informação biológica. Os habitats são determinados apenas a posteriori à partir das paisagens aquáticas.
A seguir são reproduzidas algumas conclusões do relatório final sobre os resultados do projecto piloto de "Irish Sea Pilot":
...In relation to the coastal and seabed marine landscapes, the results (table 3.5) show that just four of the 18 marine landscape types make up 77% of the area of the Irish Sea Pilot study area. In contrast, 12 of the marine landscape types make up less than 10% of the study area, and seven of these marine landscape types each cover less than 0.5% of the study area. Such scarce types could well merit special protection measures and warrant consideration in the current review of habitats listed on Annex I of the Habitats Directive (EC, 1992)(Rias and Lagoons already appear in Annex I).
There was, generally, a good correlation between the marine landscapes identified and the character of the seabed. However, partly because of the inherent simplification which took place in the generation of the marine landscapes, and partly because the available substrate data does not always reflect the actual condition of the seabed, there is greater variability of seabed characteristics than a straightforward interpretation of the marine landscape map would suggest. The same is true of the biological characterisation; in general the relation between marine landscapes and biological communities is very strong, but locally there can be considerable variation and complexity.
It is apparent from the map of coastal and seabed marine landscapes (figure 3.1) that areas of the Irish Sea differ in their variety of marine landscapes. Some areas are relatively uniform, with one or two marine landscapes, in others many more types of marine landscape are to be found. The grid cell system was used to compare the relative diversity of marine landscape areas, and the results are shown in (figure 3.4). Areas of high marine landscape diversity can be used to identify probable areas of high biodiversity where biological data are scarce, and this approach could be used to identify probable diversity hotspots in such areas. Figure 3.4 indicates areas of high marine landscape diversity off the coasts of Co Antrim and Co Down and eastwards to the Mull of Galloway, off Anglesey, off the coasts of Co Wexford, Co Waterford and Dyfed.
Marine landscapes can be used to predict the susceptibility of human impacts on their biological communities (Tyler-Walters et al., 2003) (table 3.6), but there is a need to use some caution in this. Many of the biological communities which presently occur reflect some modification of the natural state as a result of human activity, and this could have implications for the conclusions reached. For example, areas of seabed subject to strong currents where sediments are mobile could be expected to support biological communities capable of accommodating a level of physical disturbance. If these communities were considered natural for such an area, human activity causing similar disturbance might, therefore, be assumed to be relatively harmless. However, species-rich biogenic reefs may have developed in these areas but have been destroyed by dredging or trawling activity. Continuation of such activities would ensure that such reefs would not re-establish.
Marine landscapes have been used as a surrogate assessment unit during the identification of important marine areas, using the software tool Marxan (Ball and Possingham, 1999) (Lieberknecht et al., 2004b). Note that this work links to the coastal and seabed marine landscapes of the Irish Sea provisional list.
Although the marine landscapes methodology is relatively straightforward, a number of issues have arisen, and these are discussed in further detail below. The marine landscape classification was heavily based on two readily available British Geological Survey (BGS) datasets at a scale of 1:250,000; DigBath250 and DigSBS250. BGS has a considerable amount of data on bedforms and sediments which is not compiled into digital format. These datasets could provide detail at scales of 1:100,000 or larger for important areas of the Irish Sea and other parts of UK waters, which could improve the ‘confidence levels’ of the resulting maps. However, compiling this data and making it available would require funding and investment....
(Em fundo esverdeado: Citação de "The Irish Sea Pilot Project")
Ao "Irish Sea Pilot" seguiram outros projectos de mapeamento de paisagens marinhas como UKSeaMap (2004 - 2006), HABMAP (2004 - 2010), BALANCE (2005 - 2007), MESH (2004 - 2008) e EUSeaMap (2008 - 2011), melhorando a metodologia aplicada. A última classificação de paisagens marítimas com atribuição dos habitats EUNIS, UKSeaMap 2010, para a Grã-Bretanha foi concluida com successo em 2010.
Existe também no trabalho "Deutsche Marine Biotoptypen" uma tentativa de classificar a "paisagem marítima" da zona marítima alemã e para aplicar este método indirecto no ordenamento dos habitats marinhos da Alemanha - um trabalho encomendado pelo Ministério do Ambiente (Bundesamt für Naturschutz) da Alemanha.
O conceito da paisagem marítima tem também elevado interesse para Portugal, não apenas devido à existencia de "estruturas" marítimas como os "canhões" ou "desfiladeiros submarinos" existentes nas margens continentais (veja: Anexo 3), mas também pela necessidade da elaboração de uma classificação dos habitats marítimos.
Portugal está envolvido no projecto "Mesh Atlantic" (Cartografia de habitats dos fundos marinhos do Espaço Atlântico para uma gestão sustentável), em execução desde Janeiro de 2010 e com término previsto para Dezembro de 2012, que pretende compilar toda a informação georreferenciada sobre a distribuição de habitats marinhos no Espaço Atlântico, que seja facilmente acessível e apoie a definição de políticas e a implementação de directivas europeias relativas a zonas costeiras e ao meio marinho.
Para tal, o projecto assentará nos princípios e metodologias sólidas estabelecidas por anteriores projectos europeus, que alargará e adaptará às especificidades do Espaço Atlântico com o intuito de colocar os países desta região a par da situação atingida em grande parte da Europa Central e do Norte.
Tanto os estados membros como a Comissão Europeia carecem de informação georreferenciada sobre os habitats marinhos facilmente acessível, para apoiar a definição de políticas e a implementação de directivas relativas ao meio marinho.
O projecto MeshAtlantic pretende compilar esta informação e produzir mapas harmonizados de habitats marinhos para o Espaço Atlântico (EA), enquanto promove o respectivo uso e serve a comunidade em geral. O projecto assentará nos princípios e metodologias estabelecidas por anteriores projectos europeus, e adapta-las-á ao EA com o intuito de colocar os países desta região a par da situação atingida em Europa do Norte.
Os produtos-chave do projecto consistem em três conjuntos distintos de mapas harmonizados no seio do EA: (i) um mapa global preditivo dos habitats marinhos resultante da compilação de dados oceanográficos e de tipo de fundo, disponível nos vários países (ii) mapas existentes que carecem de aperfeiçoamento e harmonização e (iii) mapas especificamente produzidos para um conjunto de sítios pertencentes à rede Natura 2000.
Estes resultados serão disponibilizados livremente através de um portal internet, interactivo, de mapeamento. Tendo por base um plano de comunicação multi-facetado, o projecto será executado em estreita colaboração com os utilizadores do meio marinho, que desenvolvam actividades nomeadamente no uso sustentável dos seus recursos.
(em fundo esverdeado: citação da Descrição do Projecto MeshAtlantic)
5. A partir de mapas para uma gestão dinâmica
Mapas da distribuição dos habitats e das espécies são hoje em dia facilmente produzidos através de um Sistema de Informação Geografica (SIG). Mas um Plano de Ordenamento marítima não tem apenas de garantir um correcto ordenamento espacial mas tem de também tomar em conta processos dinâmicos e as acções que precisam ser coordenadas no tempo. Um acidente por um návio petrolífero pode ter consequências fatais e irreversíveis para os ecossistemas de uma região.
No entanto, os Sistemas de Informação Geográfica (SIGs) que podiam tomar em conta os aspectos dinâmicos de um Plano de Ordamento marítimo ainda estão numa fase experimental de desenvolvimento e não são suficientemente testados para garantir uma tarefa destas já com a segurança necessária.
No entanto, os Sistemas de Informação Geográfica (SIGs) que podiam tomar em conta os aspectos dinâmicos de um Plano de Ordamento marítimo ainda estão numa fase experimental de desenvolvimento e não são suficientemente testados para garantir uma tarefa destas já com a segurança necessária.
Assim vai ser necessário ainda algum esforço para chegar a um Plano de Ordenamento Marítimo Português (POEM) que contempla todas as necessidades de uma protecção e conservação do ambiente subaquático marinho de Portugal. Mas estamos convencidos que este plano vai surgir e não vai se limitar a ser apenas um poema.1
6. Bibliografia
Plano de Ordenamento do Espaço Marítimo - Discussão Pública
www.inag.pt/index.php?...
A Proposta do Plano de Ordenamento do Espaço Marítimo (POEM) e o respectivo Relatório Ambiental encontram-se concluídos tecnicamente e aprovados pela ...Plano Sectorial da Rede Natura 2000 - ICNB
portal.icnb.pt/.../O...e.../Plano+Sectorial+da+Rede+Natura+2000/
PLANO SECTORIAL DA REDE NATURA 2000. O Plano Sectorial da Rede Natura 2000, PSRN2000, é um instrumento de gestão territorial, que visa a ...Visitou esta página 2 vezes. Última visita: 01-02-2012
B DIRECTIVA 92/43/CEE DO CONSELHO de 21 de Maio de 1992 ...
eur-lex.europa.eu/LexUriServ/LexUriServ.do?uri...1992L0043...PT...
Formato do ficheiro: PDF/Adobe Acrobat - Visualização rápida1 jan. 2007 – DIRECTIVA 92/43/CEE DO CONSELHO de 21 de Maio de 1992 relativa à preservação dos habitats naturais e da fauna e da flora selvagens ...
Directiva Habitats - Instituto da Conservação da Natureza
portal.icnb.pt/NR/rdonlyres/69E51995.../0/directivaHabitats.pdf
Formato do ficheiro: PDF/Adobe Acrobat - Visualização rápida►B. DIRECTIVA 92/43/CEE DO CONSELHO de 21 de Maio de 1992 relativa à preservação dos habitats naturais e da fauna e da flora selvagens. (JO L 206 de ...
Versão actual (2012) da Directiva Habitat em português:
http://eur-lex.europa.eu/LexUriServ/LexUriServ.do?uri=OJ:L:1992:206:0007:0050:PT:PDF
DAVID W. CONNOR, JAMES H. ALLEN, NEIL GOLDING, KERRY L. HOWELL, LOUISE M. LIEBERKNECHT, KATE O. NORTHEN AND JOHNNY B. REKER (2004)
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ISBN 1 861 07561 8 (internet version)
jncc.defra.gov.uk/MarineHabitatClassification
Biotopes and classification systems - Coastal Wiki
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3 Aug 2011 – Olenin S. and Ducrotoy J.P. (2006). The concept of biotope in marine ecology and coastal management. Marine Pollution Bulletin 53 20-29.NEHRING, S. & U. ALBRECHT, 2000: Biotop, Habitat, Mikrohabitat - Ein Diskussionsbeitrag zur Begriffsdefinition. - Lauterbornia 38: 75-84.
102 Nehring Albrecht 2000 Lauterbornia 38 biotop pdf free ebook ...
ebookbrowse.com/102-nehring-albrecht-2000-la... - Traduzir esta página
15. März 2011 – Download 102 Nehring Albrecht 2000 Lauterbornia 38 biotop pdf documents from www.stefannehring.de at @EbookBrowseEUNIS
www.eunis.org/ - Traduzir esta página
EUNIS is the European University Information Systems Organization. It was formed in 1993. It has been registered as a non-profit organization in Paris, France in ...EUNIS habitat classification – a guide for users
eunis.eea.europa.eu/.../... - Traduzir esta página
Formato do ficheiro: PDF/Adobe Acrobat - Visualização rápidaJNCC,. Peterborough. www.jncc.gov.uk/MarineHabitatClassification. Davies, C.E., Moss, D. & Hill, M.O. (2004). EUNIS Habitat Classification Revised 2004.
Agência Europeia do Ambiente — EEA
www.eea.europa.eu/pt
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jncc.defra.gov.uk/page-2117 - Traduzir esta página
UKSeaMap 2010 - Predictive seabed habitat mapping for UK waters. ... UKSeaMap 2010 - predictive mapping of seabed habitats ...EUSeaMap
jncc.defra.gov.uk/page-5020 - Traduzir esta página
EUSeaMap - Project overview - Modelling seabed habitats across Europe.Marine Landscape Maps
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Formato do ficheiro: PDF/Adobe Acrobat - Visualização rápidalandscapes (seascapes). The method was extended for UK water by Laffoley et al. (2000) to encounter marine environment conservation at a range of scales ...
Roff, J. C. and Taylor, M. E. (2000), National frameworks for marine conservation — a hierarchical geophysical approach. Aquatic Conservation: Marine and Freshwater Ecosystems, 10: 209–223. doi: 10.1002/1099-0755(200005/06)10:3<209::AID-AQC408>3.0.CO;2-J
Welcome to BALANCE
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17 Aug 2007 – BALANCE – or in full "Baltic Sea Management – Nature ... Identify and collate relevant and available marine data in the Baltic Sea, Kattegat and ...HabMap - Habitat mapping for conservation and management of the ...
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12 Feb 2008 – HabMap - Habitat mapping for conservation and management of the ... as sensitivity mapping, marine spatial planning and impact modelling.Bioconsult Marine Landschafts- und Biotoptypen 2010_01_22.…
www.bfn.de/.../marine.../Deutsche_Marine_Bioto... - Traduzir esta página
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es auf der Basis vorhandener Daten möglich ist, eine „Karte der marinen Biotoptypen der deut- schen Nord- und Ostsee“ zu generieren. Grundlage für die ...
Mapping European Seabed Habitats (MESH) - Home
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For an easy introduction to the MESH project you could start by reading the MESH Executive Summary or the Guide to Marine Habitat Mapping but if you already ...Mapping GuideMESH Guide to Marine Habitat Mapping. The MESH Guide to ... | PROGRAMMEGary Greene, Moss Landing Marine Laboratories, USA. The ... |
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Google Books - Ocean margin systems - Gerold Wefer
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Ocean margins are the transitional zones between the oceans and continents. ... Springer, 2003 - Science - 495 pages .... Resultados de 1 a 1 sobre 1 resultados encontrados. ... TÍTULO: Ocean margin systems / editors G. Wefer... [et al.] .Canhões Submarinos - Ciência Viva - Projectos e Materiais
www.cienciaviva.pt/projectos/semapp/canhoes.asp
Os canhões submarinos são vales cavados nas Margens continentais que servem de ... Os canhões submarinos variam consideravelmente em tamanho.7. Anexos
Anexo 1
Exemplo de uma hierárquia de uma Classificação dos Habitats Marinhos - Classificação dos Habitats Marinhos da Grã-Bretanha e da Irlanda (Marine Habitat Classification for Britain and Ireland)
(clique acima do habitat desejado para seguir o link)
Anexo 2
Para uma boa introdução da metodologia utilizada no desenvolvimento da Classificação dos Habitats da Grã-Bretanha e da Irlanda que pode servir de modelo para uma futura classificação dos habitats marinhos de Portugal, reproduzimos aqui a página original da descrição da metodologia em inglês:
Classification development - approach and methods usedReview of classification systems and literatureBefore embarking on the development of the MNCR BioMar classification (Connor et al. 1997a, b), a review of existing classification systems was undertaken (Hiscock & Connor 1991). From these, proposals for a classification structure (Connor et al. 1995 a, b) were developed that drew upon the best features of the existing systems, whilst avoiding their weaker aspects. There was subsequent wide consultation on the proposed classification structure, including through two European workshops held during the EC-funded BioMar project (Hiscock ed. 1995; Connor ed. 1997). These workshops helped ensure broad acceptance of the proposed structure and its wide applicability across European seas. In addition to a review of classification schemes, an extensive review of the literature describing marine habitats was also undertaken. This helped formulate the initial lists of types which might form the basis of the classification. For this the scientific literature was of considerable help for sediment habitats (a traditional area for marine studies) but relatively poor for rocky habitats (which, in the subtidal, attracted attention only relatively recently through use of SCUBA diving techniques). These initial lists of types were then refined on the basis of new dedicated field surveys, data analyses and field trials. Consultation and testingPhases of external consultation and testing of the classification system have been essential to ensure the classification is as robust and usable as possible. The advice of external consultees has been important in two key areas:
Field surveys and other data acquisitionThe Marine Nature Conservation Review (MNCR) undertook a programme of field surveys throughout Britain between 1987 and 1998, collecting data suitable to develop the classification. In addition, data were acquired from the published literature and through collaboration with a wide variety of academic, government and other organisations. Comparable data were collected in Ireland through the BioMar project between 1992 and 1996. The data comprise information on the nature of each site (such as substratum, wave exposure and height or depth surveyed), the type of sampling undertaken, the site's location and the species present (together with an indication of their abundance) within discrete habitats at the site. MNCR field recording techniques are described in Hiscock (1996), with Appendix 8 providing the guidance on how to complete MNCR field recording forms (the forms can be downloaded from here).The terminology relating to field survey methods is described further below, and should help users of the classification interpret the habitat information contained in the biotope descriptions. Procedural Guidelines for a wide range of field sampling techniques are given in the Marine Monitoring Handbook (Davies et al. 2001). In total, data for over 16,000 sites comprising more than 36,000 habitat records from around Britain and Ireland were collated and entered onto the MNCR database (as described by Hiscock, 1996). The database includes a module which holds definitions of each classification type, linked to a national dictionary of marine species and to the field survey data. The field survey data have been made widely accessible via the web-based MERMAID application, and more recently, via the National Biodiversity Network from an MS Access-based 'relational' database, Marine Recorder. The Marine Recorder database application has been specifically developed to accept marine biological data from a wide range of survey techniques, including the data held originally in the MNCR database. The application can be downloaded here, and includes a dictionary of the habitat classification types. Terms used for field recording and habitat definitionFor semi-quantitative biological recording, the MNCR SACFOR scale was used. The following definitions for physical habitat characteristics are taken from guidance notes for MNCR field recording (Appendix 8 in Hiscock ed. 1996). Some terms are modified for use in the classification. Salinity - The categories are defined as follows (the points of separation approximate to critical tolerance limits for marine species):
Wave exposure - These categories take account of the aspect of the coast (related to direction of prevailing or strong winds), the fetch (distance to nearest land), its openness (the degree of open water offshore) and its profile (the depth profile of water adjacent to the coast). Estimation of wave exposure requires inspection of charts and maps.
In the habitat classification exposed (as in exposed littoral rock) encompasses the extremely exposed, very exposed and exposed categories, whilst sheltered (as in sheltered littoral rock) encompasses sheltered to ultra sheltered categories. Tidal currents (or streams) (maximum at surface) - This is maximum tidal current strength which affects the actual area surveyed. Note for shores and inshore areas this may differ considerably from the tidal currents present offshore. In some narrows and sounds the top of the shore may only be covered at slack water, but the lower shore is subject to fast running water.
In the habitat classification tide-swept habitats typically have moderately strong or stronger tidal currents. Zone - These definitions primarily relate to rocky habitats or those where algae grow (e.g. stable shallow sublittoral sediments). For use of the terms infralittoral and circalittoral in the classification, especially for sediments, refer also to Table 5.
Substratum
Each division of sediment type above represents two divisions on the Wentworth scale (Wentworth 1922). In the habitat classification, bedrock, stable boulders, cobbles or pebbles and habitats of mixed boulder, cobble, pebble and sediment (mixed substrata) as well as artificial substrata (concrete, wood, metal) are collectively referred to as rock. Highly mobile cobbles and pebbles (shingle), together with gravel and coarse sand are collectively referred to as coarse sediments. Mixed sediment consists of heterogeneous mixtures of gravel, sand and mud and may often have shells and stones also. Data analysisFor the 1997 classification, data analyses using the TWINSPAN and DECORANA clustering and ordination techniques were employed to help define the types. The analytical processes adopted are described in Mills (1994).The 1997 version was revised and refined to develop the present version. Extensive re-analyses of the data were carried out using the analytical techniques available in PRIMER (Clarke & Warwick, 2001). The data were initially divided into the five broad habitat types shown in the primary habitat matrix, i.e. Littoral Rock, Littoral Sediment, Infralittoral Rock, Circalittoral Rock and Sublittoral Sediment. Due to the large size of the datasets within each broad habitat, some further a priori divisions of the data within broad habitats were necessary before analysis was possible. Additional analyses were carried out on data from "borderline" habitats to ensure these a priori splits did not force artificial divisions into the classification where this was not supported by differences in the survey data. Analysis within each broad habitat was led by a specialist for that habitat type. Figure 2 shows the data analysis process for the littoral sediment section. The following paragraphs describe the analyses carried out within each broad habitat: Littoral rockAs the biotopes defined in version 97.06 (Connor et al., 1997 a, b) were generally considered satisfactory, analysis focused on clarifying the boundaries between closely related types and confirming the validity of certain less-well defined types. This included attention to the inter-relationship of fucoid-dominated types regarding the bedrock/boulder/mixed substrata and fully marine/variable salinity transitions and examination of the various red algal-dominated types. Additionally new data from intertidal caves enabled substantial development of the classification here. On the basis of these analyses, some restructuring at biotope complex level was necessary. Littoral sedimentDue to the size of the Littoral Sediment dataset (>4000 records), some a priori division was necessary to provide datasets that could be managed within PRIMER (Clarke & Warwick, 2001). Data were divided based on the sediment type categories at habitat complex level in the 97.06 classification (Connor et al., 1997a, b): gravels and sands, muddy sands, sandy muds, muds and mixed sediments. Semi-quantitative epifaunal data were considered to be of less value than quantitative infaunal data for the purposes of the analysis and were thus excluded. Epifaunal data were however used to define types where a significant proportion of species would be sampled in epibiota sampling techniques, and/or where few infaunal samples were available, e.g. for mussel beds.Cluster analysis was carried out based on species matrices listing individual counts per m2 in each sample, using the PRIMER software package (Clarke & Warwick, 2001). The data were divided into small clusters of biologically similar records, based on the resulting dendrograms. Comparative tables were produced to compare the species data and physical data between each of the small clusters. Where there were no notable differences between the physical and biological characteristics of the small clusters, they were amalgamated into larger groups which would form the preliminary basis for biotopes and sub-biotopes. Where similar biological and physical profiles appeared from clusters derived from different datasets, those data were joined and re-analysed. In particular, there was some overlap between the 'gravels and sands' and the 'muddy sands', and between the 'muddy sands' and 'mud' datasets. This re-analysis was carried out to ensure that the a priori divisions of the data did not artificially force divisions of otherwise coherent clusters. The resulting preliminary biotope and sub-biotope groups of records were then checked to ensure cohesion of both the environmental and species data. Individual records which differed significantly from the average profile for the group (in terms of biology or physical habitat characteristics) were removed, resulting in a group of records which formed the basis of the biotope descriptions (core biotope records). The physical and biological profiles from the core biotope records were then used to group biotopes of similar character into biotope complexes, and these in turn were assigned to habitat complexes and broad habitats. Note that, in addition to the habitat complexes defined on sediment character, two additional categories were created based on epifaunal characteristics (littoral sediments dominated by macrophytes, and littoral biogenic reefs). Infralittoral rockAs the biotopes defined in version 97.06 were generally considered satisfactory, analysis focused on clarifying the boundaries between closely related types and confirming the validity of certain less-well defined types. This included particular attention to the tide-swept kelp types and the inter-relationship of highly grazed and poorly grazed kelp habitats. On the basis of these analyses, some restructuring at biotope complex level was necessary. Attention was also paid to the vertical rock section of the infralittoral rock classification, and examining how these additional biotopes could be fitted into the existing biotope complexes, reflecting the subtle differences in their biological character. Circalittoral rockDue to the complexities of this part of the classification, especially the more subtle differences between types on the open coast, a full re-analysis of the data were undertaken. The large size of the circalittoral rock dataset meant that some a priori division was necessary to provide datasets that could be managed within PRIMER (Clarke & Warwick, 2001). Data were divided on the basis of three previously determined energy levels; high, moderate and low energy. Cluster analysis was carried out using epifaunal species matrices exported from the AREV database, using the PRIMER software package (Clarke & Warwick, 2001). The data were divided into small clusters of biologically similar records, based on the resulting dendrograms. Comparative tables were produced to compare the species data and physical data between each of the small clusters. Where there were no notable differences between the physical and biological characteristics of the small clusters, they were amalgamated into larger groups which would form the preliminary basis for biotopes and sub-biotopes. Where similar biological and physical profiles appeared from clusters derived from different datasets, those data were joined and re-analysed. This re-analysis was carried out to ensure that the a priori divisions of the data did not artificially force divisions of otherwise coherent clusters. The resulting preliminary biotope and sub-biotope groups of records were then checked to ensure cohesion of both the environmental and species data. Individual records which differed significantly from the average profile for the group (in terms of biology or physical habitat characteristics) were removed, resulting in a group of records which formed the basis of the biotope descriptions (core biotope records). The physical and biological profiles from the core biotope records were then used to group biotopes of similar character into biotope complexes, and these in turn were assigned to habitat complexes and broad habitats. As in the infralittoral rock section, further analysis was also carried out on the vertical rock section of the circalittoral rock classification. Sublittoral sedimentA full re-analysis of the existing data on the MNCR database in addition to data supplied by the sublittoral specialist was carried out (approximately 10,000 records in total). This followed a similar approach to that described for littoral sediment and as outlined in Figure 2. Data were split according to sediment type, data type (infaunal or epibiota) and sampling technique (where appropriate). Poor quality data was also removed prior to analysis for later manual assessment. Cluster analysis was undertaken using either PRIMER (as described for the littoral sediments) or TWINSPAN (following the guidelines in Mills, 1994). Clusters of biologically similar records were produced and assessed using comparative tables. Clusters with poor species definition or highly variable physical characteristics were further sub-divided until more homogenous groups were derived. Where similar biological and physical profiles appeared from clusters derived from different main habitat datasets those data were combined and re-analysed using the same clustering methods as described above in order ensure that the a priori divisions of the data did not bias the results of the analysis. Where similar biological and physical profiles were found in clusters from datasets of differing sampling method or those with different types of data (e.g. epibiota or infauna) the groups were re-analysed where possible at a lower level of resolution (either presence-absence or on the MNCR SACFOR scale) using PRIMER or TWINSPAN such that the differences in data type were reduced. As for the littoral sediments the resulting groups were then checked for cohesion with regard the physical and biological data, and individual records assigned to the groups were checked against the profiles of the groups as a whole and re-assigned if necessary. The physical and biological profiles from the core records for each type were then used to group types of similar character into the broader biotope complexes and these in turn were assigned to one of the six main habitats for sublittoral sediment, derived from the EUNIS classification. The relationship between the sublittoral sediment biotopes is shown for separate depth bands in a series of habitat matrices, available to download as images from the classification website. |
Anexo 3 - Canhões submarinos portugueses
Um Desfiladeiro submarino ou canhão submarino, é um vale alcantilado localizado no fundo oceânico de um talude continental. Muitos desfiladeiros submarinos são prolongamentos de grandes rios; contudo, existem alguns que não possuem tal associação. São conhecidos exemplos situados a profundidades maiores do que 2 km abaixo do nível do mar, formados por atividade vulcânica ou sísmica. Muitos desfiladeiros submarinos prolongam-se na forma de canais submarinos que cortam o sopé continental, podendo atingir centenas de quilómetros de extensão.
São mais comuns nos taludes mais inclinados. Exibem erosão que corta todos os substratos, desde os sedimentos não consolidados até à rocha cristalina.
(Citação de Wikipédia)
O maior e mais conhecido canhão de Portugal é o Canhão de Nazaré.
O Canhão da Nazaré, como o nome indica fica situado na costa da Nazaré, Portugal. É o maior desfiladeiro submarino da Europa, tem uma extensão de cerca de 200 km e chega a atingir os 5 000 m de profundidade.
Rico e diverso em vida marinha, tem vindo a ser alvo de vários estudos por parte da Marinha Portuguesa, e várias outras instituições, nacionais e estrangeiras, com o objectivo e como argumento para expansão da "Zona Econômica Exclusiva Portuguesa", ZEE.
Recentemente os pesquisadores encontraram, por exemplo, um tubarão a 3 600 metros de profundidade, assim como diversas colónias de corais.
O Canhão de Nazaré também funciona como um polarizador de ondulações. As ondas conseguem viajar em uma velocidade muito maior pela falha geológica, chegando na costa praticamente sem dissipação de energia. A Praia do Norte, na cidade de Nazaré, apresenta consistentemente ondas significativamente maiores do que o restante da costa portuguesa por conta do Canhão de Nazaré.
No dia 01/11/2011 o surfista Garrett McNamara surfou (na região conhecida como Norte do Canhão), uma onda que tinha cerca de 27,5 metros de altura, sendo a maior onda já surfada na história.
(em fundo esverdeado: citação de Wikipédia)
Outros canhões importantes no espaço marítimo português são o
- Canhão de Portimão
- Canhão da Calheta, na Ilha da Madeira
- Canhão de São Vicente
- Sistema de canhões Lisboa-Setúbal.
notes
1 Sem esquecer que os resultados de uma metodologia de interpolação como aquela aplicada na produção dos mapas em "Mesh" nunca pode produzir resultados melhores do que aqueles possíveis perante os dados que entraram na análise - ou dito mais simples: os resultados são apenas fieis e credíveis na medida que as amostragens têm sido densas suficientes e as malhas do "Mesh" não se tornarem grandes demais.
